terça-feira, 30 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO SEXUAL

Introdução

A educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, livre de preconceito e tabus. Antigamente e ainda hoje, falar sobre sexo provoca certos constrangimentos em algumas pessoas, mas o tema é de extrema importância.
O objetivo principal da educação sexual é preparar os adolescentes para a vida sexual de forma segura, chamando-os à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo para que não ocorram situações futuras indesejadas, como a contração de uma doença ou uma gravidez precoce e indesejada. Infelizmente o ser humano tende a acreditar que o perigo sempre está ao lado de outras pessoas e que nada irá acontecer com ele mesmo, o que o coloca vulnerável a tais situações. 
Os meios de comunicação, entre tantos outros que utilizam o sexo para chamar a atenção das pessoas, acabam por estimular e criar curiosidades precoces até em crianças, o que dificulta bastante o processo de conscientização e responsabilidade individual dessas sobre o assunto. Dessa forma, se torna cada vez mais importante ensinar os adolescentes quanto ao assunto, isso dentro de casa e nas instituições de ensino. 

A sexualidade e a Sociedade

A liberdade sexual aumentou muito desde o século passado , tornando-se hoje, entre os jovens, tendencialmente prática comum, antigamente, para a mulher,casar virgem era obrigatório, hoje talvez seja apenas despreparo.
A educação sexual possui, infelizmente, forte dose de moralismo,preocupado em proibir, mais do
que educar para a sua boa concepção e prática.
A primeira tarefa da educação sexual seria tirar do ar o farisaísmo, procurando tratar a questão como característica endógena, fundamentalmente positiva da espécie humana, dentro da parceria igualitária entre homem e mulher.
A qualidade da relação sexual é indicador dos mais pertinentes para a qualidade de vida das pessoas e sociedades. Disso não decorre que possamos extinguir os tabus, porque esses, provavelmente, fazem parte da estrutura biológica e cultural humana, mas podemos controlá-los melhor, de tal sorte que possa prevalecer relação igualitária entre os sexos.
Educação sexual deveria tornar-se,até onde possível,educação comum, quotidiana, seja sobre a qualidade de sua prática que não pode continuar tabu.
A segunda tarefa da educação sexual seria a abertura mais ampla e natural da discussão do problema, para que não seja apenas problema, mas oportunidade de enobrecimento das pessoas e sociedades.
Em terceiro lugar, a educação sexual não pode esquecer de ser educativa, implica a emancipação das pessoas e sociedades. Não basta informar. É preciso formar,de dentro para fora. A relação sexual adequada necessita ser construída,cuidada,renovada,respeitada.


Prática Pedagógica

Para o professor, abordar o assunto sexualidade é necessário considerar os elementos que participam desta temática: o professor, o aluno, a linguagem que medeia essa relação e o espaço onde esses ensinamentos ocorrem, a escola.
O professor de ciências ou de biologia pode demonstrar dificuldades ao tratar do assunto, pois os alunos costumam reagir com piadinhas, sorrisinhos, perguntas indiscretas, etc...
Para conduzir as atividades destacam-se o dinamismo, aplicação de diferentes estratégias como: discussões em grupo, jogos e situações simuladas. Os temas que podem ser abordados devem surgir a partir do interesse e cotidiano dos alunos. Esses temas variam conforme a faixa etária, o grau de escolarização e o nível sócio – econômico do grupo, diz (Lorencini Junior 1997 p.95).
É necessário que a escola se organize para ter esse tema educação sexual incluído em uma ou algumas matérias, pode-se ter intervenção de alguns profissionais como: médicos, psicólogos, psiquiatras, sociólogos, etc. complementando o trabalho desenvolvido pelos educadores.
Na escola essa atividade é entendida como um momento de problematização e questionamentos, através de informações atualizadas e com fundamentos científicos.
Dessa forma permite ao aluno a escolha de seu caminho, desmistificando tabus, crenças, permitindo ao aluno desenvolver seus próprios valores. (Brasil 1997 p 122).

Escola e Família

A escola deve saber reconhecer que cada família tem seus valores, que são transmitidos para os filhos, não cabe a escola competir com a família ou ocupar o seu lugar, ou seja, a escola cumpre o seu papel com responsabilidade e competência , auxiliando os alunos a terem seus próprios valores na vida sexual e as condições básicas são o rigor cientifico, preparo profissional e formação pessoal para conversar com os alunos sobre sexo, é necessário comunicar a família que o tema, está sendo trabalhado na sala de aula.

Professor Educador Sexual

Esclarecer os limites também faz parte do papel do professor. Este deve mencionar algumas questões importantes como o que se pode fazer em locais públicos e privados para que a intimidade seja preservada. Isso cabe principalmente às crianças que ainda não possuem esta noção bem definida.
De acordo com o PCN´s - Orientação Sexual, escolas que tiveram bons resultados com a educação sexual relatam resultados como aumento do rendimento escolar, devido ao alívio de tensão e preocupação com questões da sexualidade e aumento da solidariedade e do respeito entre os alunos. Para crianças menores relatam que informações corretas ajudam a diminuir a angústia e agitação em sala de aula (p. 122, 1997).
O professor ao abordar esse tema precisa passar uma mensagem positiva, passando uma visão de sexualidade como algo bonito, bom, gostoso e importante na vida do ser humano, demonstrar que amar traz prazer e felicidade, todo o comentário e explicação deve ser dado por respostas corretas e verdadeiras, com serenidade.
Pois como cita Suplicy “não basta responder é preciso conversar!”, conversar por meio de um dialogo claro esclarecendo todas as dúvidas que as crianças tem sobre o assunto.

Conclusão


Pensar sobre por que e para que se deve fazer Educação Sexual, e qual o papel do educador; refletir e revisar seus próprios valores, sentimentos, tabus, e preconceitos existentes a esse respeito, também é algo a ser feito. E a partir daí pesquisar estratégias de ensino que sejam adequadas ao seu grupo de alunos, e posteriormente aplicar um projeto de Educação Sexual, que tenha como foco principal o como ensinar. Num processo constante de reflexão sobre a ação pedagógica, o que assegura um avanço na forma de ensinar.












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